Foi uma daquelas ideias não
definidas à partida, mas que foi emergindo naturalmente: em concreto, na sessão
do último Sábado do + Democracia, em Viseu.
Já tinha ouvido falar do Dr. Paulo
Morais, já o tinha ouvido na televisão e na rádio, já tinha lido também alguns
textos seus. No Sábado, porém, presencialmente, essa boa impressão que já tinha
cresceu exponencialmente: trata-se de alguém que tem um discurso claro, lúcido
e estruturado sobre a realidade portuguesa. Como muito poucos entre nós.
Em conversa com outras pessoas,
no final da sessão e já na viagem de regresso, surgiu então a ideia de uma
candidatura presidencial do Dr. Paulo Morais. O único contra-argumento tinha a
ver com a sua idade: alguém, talvez, “demasiado novo”. Mas isso, a meu ver,
pode ser visto como um trunfo e adequar-se até melhor ao perfil de alguém que
tem um discurso de ruptura.
Desde há muito que tenho para mim
que a reforma do sistema político passa necessariamente pela eleição de um Presidente
da República realmente independente, não refém da partidocracia, que tanto tem
sufocado e pervertido o nosso regime. Por isso tanto me empenhei na eleição do
Dr. Fernando Nobre. Independentemente das desventuras dessa candidatura, de que
não cabe aqui falar, continuo a pensar o mesmo. Por isso, estaria disposto a
empenhar-me da mesma forma numa eventual candidatura do Dr. Paulo Morais. Obviamente,
a decisão será dele e só dele. Mas fica a ideia.
Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os
textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos
órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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