Como todos sabemos, temos cada mais comentadores e cronistas de televisão, de rádio, de jornais e de revistas, que são também políticos.
Temos deputados e ex-deputados, governantes e ex-governantes, autarcas e ex-autarcas, a opinar sobre os mais diversos temas da nossa sociedade.
E isso não me parece ter qualquer mal desde que sejam competentes, conhecedores dos assuntos de que falam e desde que tenhamos outros também de áreas bem distintas.
Disse não parece ter qualquer mal nestas condições, mas tenho de corrigir e acrescentar. Deveria ter dito: não me pareceria ter qualquer mal desde que também esses mesmos comentadores e cronistas não aproveitassem esses mesmo espaços para fazer companha política descarada; desde que não aproveitassem as suas colunas e espaços de intervenção para defenderem de uma forma perfeitamente tendenciosa o seu partido, a sua opção…
Claro que todos podem e devem dar opiniões e tomar posição sobre diferentes temas em que se incluem os temas políticos, mas não de uma forma completamente sectária e muitas vezes somente maledicente, dizendo mal dos outros só por pensar que com isso vão ganhar votos…
E agora que se aproxima a altura de eleições e de campanhas eleitorais, isto começa a acontecer cada vez mais e cada vez mais descaradamente. E acontece nos media nacionais mas também nos locais.
Julgo mesmo que os respetivos responsáveis de redação e direção não o deviam permitir.
E julgo que ninguém poderia ver nisto um atentado à liberdade de expressão mas sim antes uma defesa do bom senso.
Esperemos que, com o Comunicado Oficial da Comissão Nacional de Eleições do passado dia 28 sobre “Tratamento jornalístico não discriminatório” esta situação se altere.
Francisco Mendes (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os
textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos
órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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